Link para o documentário: https://www.youtube.com/watch?v=lg0F8Wpi2HM
O outro lado da superfície
25/01/2022
Notícias de uma guerra particular (documentário)
Arrume sua cama: pequenas atitudes que podem mudar a sua vida... e talvez o mundo (Livro de William H. McRaven)
O ato de arrumar a cama diariamente (e de forma impecável) é uma das lições que são trazidos no livro. Faz parte da rotina do CFO a arrumação da cama, algo que, anteriormente à leitura do livro, parecia ser algo sem sentido. No entanto, é importante perceber que esse ato é apenas uma metodologia para mostrar aos alunos que se deve começar o dia cumprindo uma tarefa e, além disso, cumpri-la com zelo e maestria, assim como devem ser feitas todas as tarefas ao longo do dia, com excelência. E, ao final do dia, ainda que todas as outras coisas deem errado, você terá a garantia e o orgulho de ter cumprido bem alguma tarefa.
Um ponto importante a se destacar é o quanto somos fortes juntos. Ninguém conseguiria concluir um curso de formação no nível padrão de exigência estando sozinho. Há uma ajuda mútua entre os alunos, de forma que um ajuda o outro nos momentos de dificuldades. E, dessa forma, todos conseguem concluir as missões propostas. A lição é que você nunca vai conseguir chegar longe estando sozinho. Você até consegue carregar um remo sozinho, mas para carregar o bote e realizar a travessia você precisa estar bem acompanhado. E o mesmo a gente pode levar para a vida: para chegar longe você precisa da ajuda da sua companheira, amigos, pais, família, etc. Além disso, muitas vezes a força de vontade supera algumas fragilidades. Por muitas vezes você não é o mais alto, o mais forte, o mais hábil, mas você pode ser o mais esforçado e o que sonha mais alto, e isso fará muito mais diferença no cumprimento de qualquer missão, seja no âmbito profissional, seja na sua vida pessoal.
Muitas vezes algumas coisas acontecem na formação militar que achamos injusto, que não vemos sentido naquilo. E o livro, em seu capítulo 4, fala muito bem sobre isso, afirmando que a vida não é justa e que você, ainda assim, precisa seguir em frente. A vida não tem obrigação nenhuma de ser justa com você. E, acredito que um dos valores que o CFO da APMP visa incutir nos alunos é exatamente esse, o valor de fazer o aluno “sentir na pele” algumas injustiças e saber lidar com isso, com maturidade física, mental e emocional diante dessas situações.
Por fim, o aluno precisa ter a percepção de que algumas coisas que acontecem, ainda que negativas, são potenciais oportunidades de crescimento. Ele precisa entender que tudo que acontece é para torná-lo mais forte. E, apesar das adversidades, o importante é não desistir, pois desistir não torna nada mais fácil. Por muitas vezes durante a semana zero, e por muitas vezes ao longo do curso, muitas pessoas pensaram e/ou pensarão em desistir, e isso é normal. No entanto, isso não elimina a dor e o sofrimento. Talvez apenas mude o foco: a dor física talvez mude para a dor emocional, para aqueles que sonham com a profissão e agora, ao desistir, não a terão mais e se arrependerão para o resto da vida.
Ao longo da leitura é possível fazer muitos paralelos com o curso de formação do CFO da APMP. As dificuldades ao longo do curso não são insuperáveis, não são “sobre-humanas”. E precisamos entender que a vida também é cheia de fases difíceis e que em muitas delas não temos a opção de desistir. Por exemplo, em um acidente, em uma doença, em uma perda familiar, em uma demissão no emprego. Faz sentido desistir? Não! A vida segue e você deve se fortalecer com isso e seguir adiante para a próxima fase, sem autopiedade.
26/03/2017
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21/05/2016
Até onde o preconceito pode nos levar?
Ao assistir a um vídeo falando sobre a Ku Klux Klan (https://www.youtube.com/watch?v=VCWY8YkqcRE), rapidamente me veio à cabeça uma discussão com um colega sobre preconceito, na qual ele afirmou que aqui no Brasil não existe preconceito, que isso tudo é ilusão da minoria. Acreditem, essa frase realmente foi proferida por um ser humano portador de encéfalo. E, infelizmente, eu não a esqueci. Existem coisas que depois de ver e/ou ouvir a gente não consegue "desver" ou "desouvir". Triste para mim. Na hora em que assistia esse vídeo, pensei: "MEU DEUS! Até onde o preconceito consegue chegar? Inacreditável. Se fulano (identidade preservada) assistisse a esse vídeo seria difícil de ele argumentar que o preconceito é ilusão; seria impossível".
Nessa mesma discussão, argumentei que essa era uma realidade muito óbvia, muito evidente em nosso país, na qual nem se precisa de uma longa discussão para se chegar a uma conclusão de que isso é FATO. Exemplifiquei com a seguinte possibilidade: imagine você (apontando para o colega) em uma entrevista de emprego como recepcionista. Você não é negro, não é homossexual, concluiu seu ensino médio, possui todos os dentes, não é cego, não é "doente mental", não é deficiente físico, e pode, atualmente, ir com uma roupa bacana para a entrevista de emprego. Ok, foram muitas variáveis para se pôr em conta. Então, vamos diferenciar apenas em negro, gay e pobre. Imagine em uma entrevista: você, um gay e um negro. Quem ficaria no emprego? Recebo a resposta: "Qualquer um, a depender da competência". Respondo: "Ok, beleza. Agora imagine que você, o gay e o negro fizeram o mesmo curso, na mesma faculdade, mesmas experiências profissionais. Quem ficaria no emprego?". Recebo a resposta: "Nada a ver. Esse negócio de preconceito aqui no Brasil... isso é ilusão!". Retornei: "Ilusão?! É sério, isso?! Beleza, ok". Conclui veementemente a discussão, abismado, com a certeza de que NÃO VALERIA A PENA PERDER MEU TEMPO.
No entanto, a resposta seria o "você". "Você" é o ser humano reconhecido socialmente como "normal" (normal-entre-aspas), reconhecido como uma pessoa eleita para receber outras (no cargo de recepcionista), a qual não desperte "rejeição" nas outras pessoas. E isso pode até mesmo ser uma avaliação inconsciente da sociedade, fruto de uma construção culturalmente preconceituosa. Para deixar claro, essa não é a minha opinião, a de que o "você" era a pessoa mais indicada, mas é a constatação de que é como, atual e infelizmente, "a máquina" funciona, como "a máquina" gira, queira eu ou não.
Pensando que "o preconceito é uma opinião não submetida à razão" (Voltaire, filósofo francês), como fazer uma pessoa enxergar que EXISTE PRECONCEITO NO BRASIL, se essa pessoa está IRRACIONALMENTE, EMOCIONALMENTE, VISCERALMENTE (sim, estou sendo redundante) convencida de que não há? Restou-me dizer "hunrum, ok, beleza". Tem certas coisas e certos momentos que é melhor você permanecer são do que querer estar certo. Continuar nessa discussão só ia me desgastar e não ia mudar nada na cabeça do colega. Fazendo uma analogia, seria como continuar cavando no mesmo local depois de descobrir que o tesouro não estava mais ali. Não fazia mais sentido. Einstein dizia que "é mais fácil desintegrar um átomo que o preconceito". E, com o passar do tempo, isso vem piorando: eu mesmo lembro de ter estudado que o átomo (partícula indivisível) já se divide, enquanto que o preconceito só aumenta. Einstein já estava certo há tempos!
Até onde o preconceito pode ir?
Até onde pode chegar a ideologia de que uma raça é superior?
Assistam ao vídeo e observarão as respostas para essas perguntas.
Forte abraço.
Rafael Urquisa
20/05/2016
Quanto você vale? Ter ou não ter, eis a questão.
07/05/2016
Qual é o maior perigo para a sua felicidade?
05/05/2016
Por que, apesar de impactante, é bom trabalhar com acidentes?
E, pensando assim, conclui-se que, de todas as doenças ou agravos à saúde, o trauma (acidentes) me parece o mais democrático. Algumas doenças, a depender de seu contexto econômico, sua cor de pele e etc. até podem repercutir no seu aparecimento; é o que se chama de fator de risco. No entanto, o trauma é democrático. E me refiro à fragilidade humana, à fragilidade anatomofisiológica. Não faz diferença para uma bala se sua cabeça possui conexões neuronais de um analfabeto ou de um pós-doutor, ela penetra do mesmo jeito. Para a faca, pouco importa se sua pele é branca, preta, amarela, ela perfura e corta do mesmo jeito. Para o fígado, no trauma abdominal, pouco importa se você come caviar ou água com farinha, ele é o principal acometido nessa situação e se rompe do mesmo jeito. A fragilidade é a mesma. E, diante da morte, pouco importa se você tem mil reais ou dois reais no bolso, o corpo apodrece e fede DO MESMO JEITO. Mas ainda há aqueles que se sentem, de alguma forma, superior ao próximo.
28/04/2016
Qual o sentido da homofobia?
25/04/2016
Sobre fazer amizade no ônibus ou sentir Deus cuidar de você
Ao sair da bib percebi que chovia no campus e um misto de preguiça em abrir a sombrinha e desejo de tomar banho de chuva saí caminhando sentindo o chuvisco fininho que caia... Na parada do ônibus pensava procurando entender o que me incomodava e me impedia de conseguir estudar, talvez seja a quantidade de novos conteúdos que tenho para ler e apreender e a nova rotina que estejam me deixando ansiosa e com um leve receio de não dar conta.. Não soube dizer ali pra mim mesma o que era e ainda não sei... Pensei também entre ir pra casa ou ir direto ao Derby para uma reunião que teria mais tarde...
Eu em pé, percebo que no lado oposto ao que eu estava tinha um rapaz prestas a descer, assim que ele levantou me virei pro lugar que era dele e então vi que ao seu lado tinha duas meninas, uma aproveitou o espaço vago e se afastou mais para ocupá-lo enquanto, ao mesmo tempo fui logo me achegando e dizendo: deixa eu sentar aqui também, cabe nós três ou tem alguém muito gorda aqui?
Daí se iniciou uma gostosa conversa de pelos menos uns 20 minutos..
Logo quem? Eu que não gosto nadinha de conversar.
Essa breve conversa me rendeu tantas reflexões, mas vou tentar sintetiza-las aqui...
Enfim, falamos tanto, sobre tanta coisa boa nesses minutinhos que me renderia várias outras contações sobre os temas falados e as reflexões que me causaram...
Mas pra não cansar ninguém hoje vou me deter a falar aqui da reflexão maior que essa situação me causou...
Mas hoje, justo hoje, tinha que ter duas criaturinhas no ônibus que atrairiam e me fisgariam numa conversa tão boa que me fez repensar o que tem me feito estar mais fechada ao contato com o próximo? Será a rotina, a agitação e correria ou as marcas das relações que tenho traçado na vida e que de alguma forma me impelem a ser minimamente menos expansiva (qse que sem mt sucesso)? Não sei, mas penso que foi bom pra repensar as oportunidades de ter uma boa conversa, partilhar boas coisas... O evangelho das boas novas, por exemplo, em muitas situações cotidianas...
A outra sensação/reflexão foi sobre o sentir, o cuidar de Deus na nossa vida... Essa tarde que eu tava no misto de desânimo e frustração por não ter conseguido estudar e, enquanto julgava ter "brincado de acaso" sobre que destino tomaria, Deus colocou no meu caminho aquele ônibus com aquelas criaturinhas que me proporcionaram uma conversa tão simples e trivial, mas que me deixaram com o coração mais leve...
Não foi o acaso, NOVAMENTE, foi Deus. Cuidando de mim, colocando duas anjinhas que me remeteram à doçura da infância e me deixaram com o coração leve...
E não há nada melhor do que sentir sua presença através de suas criações.
Segui minha jornada rumo minha casa com gratidão e alegria no coração.
